14/05/2015 - Notícias do Mercado Imobiliário
Caixa Econômica Federal pode criar mais uma categoria de financiamento imobiliário, que usará recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para financiar imóveis de até R$ 300 mil. A informação foi publicada, ontem, pela “Folha de S. Paulo”. O banco estatal confirmou os dados da reportagem (confira abaixo), mas explicou que a proposta não partiu da instituição financeira, mas do governo federal.
Segundo o jornal paulista, os recursos do FGTS – que atualmente financiam apenas casas populares e moradias do programa habitacional “Minha casa, minha vida” no valor de até R$ 190 mil, no Rio de Janeiro, no Distrito Federal e em São Paulo (em outras localidades o limite é ainda menor) – passariam a abranger imóveis que custam até R$ 300 mil, mas somente para famílias que tenham renda mensal acima de R$ 5 mil.
A medida seria uma tentativa do governo de aumentar o volume de recursos para o financiamento da casa própria, uma vez que o saldo total das cadernetas de poupança – montante que atualmente financia moradias com valores de R$ 190 mil a R$ 750 mil – vem diminuindo, devido às quedas tanto no número de depósitos quanto no volume de saques.
Com o surgimento de uma nova categoria de financiamento para uso de recursos do FGTS, outra novidade seria a criação de uma espécie de divisão dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que hoje utiliza recursos da poupança para financiar imóveis entre R$ 190 mil e R$ 750 mil. Seria estabelecida uma faixa para bens de R$ 300 mil a R$ 600 mil (a SFH1) e outra para imóveis avaliados entre R$ 600 mil e R$ 750 mil (a SFH2). Essa última utilizaria dinheiro tanto da poupança quanto os recursos oriundos das Letras de Crédito Imobiliário (LCI). Como as LCIs são títulos vinculados ao CDI – taxa de remuneração que fica muito próxima à taxa Selic e que hoje remunera mais o investidor do que a caderneta -, os juros aplicados sobre esses recursos seriam mais altos.
Segundo a “Folha de S. Paulo”, a proposta do governo deverá ser levada à reunião do Conselho Curador do FGTS no próximo dia 26. Em três meses, menos R$ 12 bilhões para financiar – De janeiro a março deste ano, a diferença entre os depósitos e os saques no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) – que abrange o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), pelos quais os imóveis acima de R$ 190 mil são financiados – bateu sucessivos recordes negativos desde 1995, quando teve início a série histórica do Banco Central (BC): foram R$ 18,5 bilhões a menos, porque os brasileiros estão tirando recursos da caderneta. Como pelas regras do Conselho Monetário Nacional (CMN), os bancos são obrigados a destinar 65% do SBPE ao crédito imobiliário, é como se, em apenas três meses, as instituições tivessem R$ 12 bilhões a menos para emprestar aos clientes para a compra de imóveis.
Para se ter uma ideia da perda, desde 1995 não houve um volume tão grande de dinheiro retirado da poupança nem em um ano inteiro. Com o crédito mais restrito, cai o número de financiamentos. Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), no primeiro trimestre deste ano, foram 82.900 imóveis adquiridos com recursos do SBPE, contra 86.074 em igual período do ano passado: uma redução de 3,7%.
Fonte: Extra – Rio de Janeiro – NOTÍCIAS – 13/05/2015
José Antônio Potrich - Corretor de Imóveis
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