11/12/2014 - Imobiliário
Fazer manutenção periódica, conhecer os produtos utilizados e contratar profissional especializado proporcionam segurança ao edifício.
Prédios podem ser cobertos por cerâmicas, pedras e tinta
A primeira impressão é a que fica, e a expressão também é válida quando falamos das fachadas dos prédios. No entanto, elas devem ir muito além da estética, segundo especialistas: é preciso utilizar material adequado nelas, levar em consideração o clima da região do edifício e manter a manutenção em dia para evitar desgastes e riscos aos moradores.
Diferentes tipos de materiais construtivos podem ser utilizados nas fachadas. Fazem parte das opções o concreto, tijolos, rochas e esquadrias de vidro, porcelanatos, cerâmicas, vítreos, compostos de alumínio, granitos e as alternativas mais comuns, pintura ou textura.
Segundo o arquiteto Sandro Gama, no momento de escolher o material para a fachada é preciso avaliar as condicionantes ambientais (calor, umidade, frio) do local onde o prédio está situado e o perfil dos moradores. “O meio onde o prédio ‘vive’ também é agressivo. Um plano de investimento em ações conservativas periódicas ajudam, e muito”, diz Gama.
Estilo. Para o arquiteto, embora seja a “porta de entrada” de um empreendimento, o estilo de uma fachada depende das tendências estéticas do mercado imobiliário, que segundo ele, segue particularidades locais.
“Em São Paulo, um edifício novo imitando arquitetura antiga vende bem. No entanto, uma construtora paulista tentou vender em Maceió (AL) esse tipo de arquitetura e foi um fracasso”, ressalta Gama.
Diretor da Figueiredo & Associados, o engenheiro civil Flávio Figueiredo destaca a importância de conhecer o fabricante do material que foi utilizado na fachada, além de saber qual é a periodicidade de manutenção.
“O revestimento adotado na fachada (pintura, textura, materiais cerâmicos) não é um enfeite, ele tem papel importante e protege os outros elementos construtivos, como alvenaria e estrutura”, diz o engenheiro.
Manutenção. No entanto, independentemente do material usado, a manutenção é essencial para a durabilidade e segurança do empreendimento.
De acordo com o engenheiro civil e coordenador da Câmara de Perícias do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo (Ibape-SP), Octavio Galvão Neto, a prevenção é fundamental para evitar que ocorram as anomalias mais frequentes nos edifícios, como as infiltrações e a perda dos revestimentos.
“A manutenção deve ser realizada no tempo certo, para evitar problemas e preservar as condições de habitabilidade”, diz. Ele alerta também que devem ser respeitados os prazos e a maneira adequada de se fazer a conservação dos materiais.
Galvão Neto destaca a relevância da realização de um trabalho preventivo, a inspeção predial. Ele acredita que a profissionalização dos condomínios faz aumentar o cuidado, e diz: “Vai além da fachada. É a preservação do patrimônio”.
Cuidados. Figueiredo reforça ainda a importância de se contratar um profissional para mensurar as patologias do prédio e avaliar o tipo de manutenção necessário – limpeza ou troca de material.
Segundo ele, a lavagem com pressão exagerada pode arrancar camadas de tinta e prejudicar as juntas das cerâmicas, Ele Diz também um produto impróprio pode corroer caixilhos. “Com a manutenção em dia, o prédio ganha durabilidade.”
Gama ressalta que a falta de manutenção das fachadas pode, inclusive, comprometer a estrutura do edifício. “Gaste um pouco a mais contratando um profissional, que saberá indicar a melhor opção de produto, que vai reconhecer as patologias, propor a melhor restauração e ainda seguir uma proposta condizente com o que o condomínio poderá pagar.”
O engenheiro Galvão Neto lembra que a perda da estanqueidade (vedação) ocasiona infiltração nos apartamentos e é um dos maiores problemas dos prédios que não realizam manutenção periódica das superfícies. “Essa umidade causa bolor dentro das unidades e afeta a salubridade do imóvel.”
Outra falha decorrente da não conservação de um edifício é a possível queda dos revestimentos e a ocorrência de acidentes. “É preciso cuidar dos rejuntes, e eventuais fissuras devem ser tratadas”, diz Galvão Neto.
Fonte: Estadão - Edilaine Felix
José Antônio Potrich - Corretor de Imóveis
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