27/03/2015 - Mercado Imobiliário
A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), que representa os bancos, irá pedir ao governo para aumentar o limite do valor dos imóveis que serão financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), de R$ 750 mil (em algumas capitais) para, pelo menos, R$ 1 milhão. O objetivo é aquecer o setor e evitar o aumento do desemprego na construção civil.
Principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, que respondem por 60% do crédito imobiliário no país, onde é muito difícil encontrar imóveis de até R$ 750 mil,
segundo o presidente da Abecip.
A última elevação no teto do preço dos imóveis que podem ser financiados pelo SFH ocorreu há pouco mais de um ano, em outubro de 2013. Na ocasião, o governo aumentou o limite de R$ 500 mil (antes, em todas as regiões) para R$ 750 mil em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Distrito Federal. Nos demais Estados, porém, o teto foi para R$ 650 mil.
Em janeiro, o nível de emprego na construção teve queda de 0,34%, em comparação a dezembro. Em um ano, a retração chegou a 6,14%. Foram fechadas 11,4 mil vagas em janeiro, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e a Fundação Getulio Vargas. Em 12 meses, os postos fechados somam 216.297. As informações são do Jornal O Estado de São Paulo.
A concessão de crédito imobiliário neste ano poderá ficar no mesmo patamar do ano passado ou até mesmo sofrer redução. Os juros mais altos podem dificultar, mas o principal problema, é a redução do ritmo da economia.
Em janeiro deste ano a Caixa Econômica Federal aumentou as taxas de juros do financiamento imobiliário. A alta passou a valer para os novos financiamentos. Como a Caixa é a maior financiadora do país, com cerca de 70% do mercado, essa alta tem grande impacto no mercado.
Com incertezas na economia e na política, além do aumento das taxas de juros, o consumidor está mais cauteloso e postergando a compra do imóvel. Mais de 90% dos imóveis comercializados são financiados, já que poucas pessoas no país podem comprar um imóvel à vista. Assim, o aumento no teto do financiamento pelo SFH, poderá alavancar as vendas, e consequentemente proteger os empregos, pois posibilitará o ingresso no sistema de um público com poder aquisitivo mais alto, que hoje não é contemplado.
No ano passado, segundo dados da Abecip, foi verificado a menor taxa de crescimento em uma década. Os desembolsos para aquisição e construção de imóveis somaram R$ 112,9 bilhões no acumulado do ano, com alta de 3,4% ante o montante concedido em 2013.
A Abecip previa crescimento do crédito imobiliário de 15% para 2014, o que não se confirmou, chegou a 3,4%. Para 2015, a previsão de alta é bem mais modesta, é de 5%.
Segundo o editorial econômico do Jornal o Estado de São Paulo de 21/03/2015, em janeiro, as vendas de imóveis novos, na capital paulista, foram fracas, com queda de 28% em relação a janeiro de 2014 (de 1.030 unidades para 737 unidades comercializadas).
Os indicadores negativos da área imobiliária ficam ainda mais evidentes quando se observa o recuo do emprego formal na indústria da construção: em fevereiro, segundo o Ministério do Trabalho, foram eliminados 25,8 mil postos com carteira assinada e, em 12 meses, esse número chegou a 221,6 mil, queda de 6,81%, a maior entre os oito setores analisados.
Janeiro é, normalmente, um mês fraco para a atividade imobiliária, argumentam os analistas do Secovi, mas a queda na comparação com igual mês do ano passado mostra que 2015 começou abaixo das expectativas.
Fonte: ABECIP - Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança e Jornal O Estado de São Paulo.
José Antônio Potrich - Corretor de Imóveis
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